sábado, 27 de agosto de 2011

Festival Paredes de Coura '11

Edição n.º19 do festival minhoto, com um cartaz assumidamente "indie", equilibrado q.b., com algumas actuações memoráveis, outras bem conseguidas e poucas para negligenciar.
O tempo ajudou, o público sabe ao que vai e nem as abelhas quiseram deixar de marcar presença.
Notas do único dia em que marquei presença.

Dia 19 Agosto

- Trail Of Dead (13)
Apenas o final destes texanos, que deixou perceber alguma saudade dos compatriotas Mars Volta. Electricidade (nem sempre melodiosa) destilada pelos quatro elementos para algum público sedento de frenesim.

- Summer Camp (11)
Substitutos dos Jamaica, que não souberam ficar à altura destes. Algumas influências de "brit pop", sem chama nem glória.

- Battles (19)
Pessoalmente, este é um sério candidato a concerto do ano. Electrónica esquizofrénica, servida por três músicos (com destaque para o "enorme" baterista, que deixou o suor que tinha e não tinha em palco). Mereciam ter tocado mais tarde, mas nem por isso os nova-iorquinos ,que se estreavam por cá, deixaram de mostrar ao vivo como a fusão de rock com electrónica resulta na perfeição quando executada por quem melhor sabe. Prometeram voltar (data(s) em Novembro) para mais uma batalha, depois de terem ganho claramente este primeiro confronto com o público português. A fasquia vai ser difícil de suplantar!

- Chapel Club (12)
Pouco a salientar neste concerto que fechou o palco 2. Guitarras pouco acutilantes, com vocalizações fracas (isto, ou então o efeito pós-Battles, difícil de ultrapassar).

- Deerhunter (15)
Bradford Cox e companhia a mostrarem porque são um dos nomes mais venerados por público e crítica mais alternativa. Alguma improvisação no rock de contornos arty, com um registo, por vezes, mais cerebral que físico. Deixaram boa impressão.

- Kings Of Convenience (15)
Se tivessem tocado ao final da tarde, decerto que o ambiente teria sido mais indicado; mesmo assim, o duo norueguês marcou este Paredes de Coura com as suas melodias acústicas simples delico-doces, com um público atento e bastante participativo. Erlen Oye merece o prémio de músico mais "boa onda" de todo o festival.

- Marina & The Diamonds (11)
Deslocada do resto do cartel de bandas do dia (e do festival), a grega que emigrou para Inglaterra pareceu não se importar muito com esse aspecto e fez pela vida. O público também, deslocando-se para o palco after-hours ou ignorando o som que provinha do palco principal, sem sal para condimentar o apetite que, até então, estava a ser bem servido.

- Metronomy (12)
Confesso que em disco o som me parece muito melhor do que aquilo que assisti destes senhores. Reacção efusiva do público e, diz quem gostou, do melhor de todo o festival. Não me convenceram.

- Mixhell (13)
DJ + baterista = qualquer coisa estranha do ex-Sepultura, Igor Cavalera. Entre percussões mais encorpadas e clássicos de pista instantâneos, o final de noite foi preenchido assim, onde os mais resistentes queimavam os últimos cartuchos, antes da última noite do festival.

Para o ano, a vigésima edição promete um cartaz à altura de um dos melhores festivais da Europa (palavras do mentor do Primavera Sound, que por lá andava). Assim esperamos!

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