Anotações quantitativas (+ dois apontamentos qualitativos) da 4ª edição da versão portuguesa do festival catalão.
Dia 4
- Mac DeMarco (11)
- Patti Smith (acoustic/spoken) (16)
- FKA twigs (15)
- Interpol (15)
- The Juan MacLean (live) (17)
- Caribou (16)
Dia 5
- Patti Smith & Band (perform «Horses») (17)
- Younghusband (11)
- Jose Gonzalez (16)
- Twerps (14)
- The Replacements (14)
- Electric Wizard (12)
- Sun Kill Moon (15)
- Spiritualized (16)
- Belle and Sebastian (16)
- Pallbearer (12)
- Antony And The Johnsons (17)
- Ariel Pink (13)
- Jungle (14)
- Run The Jewels (15)
Dia 6
- Baxter Dury (14)
- The Thurston Moore Band (17)
- Foxygen (14)
- Babes in Toyland (13)
- Damien Rice (15)
- Kevin Morby (12)
- Einstürzend Neubauten (13)
- Ex Hex (14)
- Death Cab for Cutie (15)
- The KVB (12)
- Ride (15)
- Shellac (12)
- The New Pornographers (13)
- Dan Deacon (17)
- Underworld (17)
- Health (15)
- Patti Smith & Band (perform «Horses»)
Verdadeira senhora que marcou a história do rock, a norte-americana
subiu ao palco NOS, após ter tocado no dia anterior em versão
acústica/spoken word (no palco Pitchfork). Plateia completamente rendida
para ouvir um dos álbuns mais marcantes da sua carreira com mais de
quarenta anos, editado no já longínquo ano de 1975, mas cuja actualidade
se mantém absolutamente refrescante.
"Gloria" ("meia versão" dos
Them, de Van Morrison), "Because The Night" e "People Have The Power"
(estes dois últimos, extra «Horses»), foram os temas que mais "feedback"
eufórico receberam do imenso público que preenchia o belo anfiteatro do
Parque da Cidade do Porto.
Para o final, um tema ("Elegie") dedicado à memória de Jimi Hendrix (e de todos aqueles grandes artistas que já partiram, mas cuja obra perdurará pelos tempos).
Revelando um verdadeiro prazer em palco, a simpatia e profissionalismo
de Patti Smith fizeram com que o Primavera Sound 2015 tivesse o
privilégio de ter assistido (em dose dupla) a um dos nomes fundamentais
da história da música moderna. Um dos concertos ganhadores desta edição,
claramente!
- José González
Ver o sueco José González no
alto do anfiteatro do palco Super Bock, sentado (ao meu lado, a mãe e o
seu bebé, Samuel, de apenas sete meses, mas que tem já duas edições do
festival, a primeira ainda dentro da barriga da progenitora) e com uma
visão privilegiada da fauna festivaleira, ao pôr-do-sol do segundo dia
de festival. São ingredientes como estes que fazem do Primavera Sound um
dos festivais que ganhou já um lugar de relevo nacional e de algum
destaque um pouco por toda a Europa (começando a fazer alguma sombra ao
irmão mais velho de Barcelona).
Com estas condições (atmosféricas,
de circulação, de oferta alimentar, qualidade e coerência do cartaz...),
o Primavera Sound Porto é hoje um ponto essencial de passagem para
qualquer melómano (mais ou menos "hipster", marca de estilo, desde o seu
início, do público frequentador). Ambiente perfeito para apreciar a
folk (mais ou menos intimista) do sueco, cuja carreira teve na versão do
tema "Heartbeats" (dos compatriotas The Knife), utilizado numa célebre e belíssima campanha publicitária), o seu principal auge (apesar de já andar nestas lides desde 2003).
Acompanhado de quatro músicos em palco, foi surpreendente a empatia
(quase perfeita) com o público, e a sua prestação não podia ter tido
melhor cenário/enquadramento e horário (entardecer com a banda.sonora
ideal)!
Um dos nomes com mais seguidores fieis e atentos, González
foi desfiando os temas da sua discografia, para deleite do Samuel
(lembram-se dele ainda?) e da imensa plateia que aplaudiu efusivamente
até ao final do concerto. Destaque particular para a versão magnífica
(que serviu de embalo temporário para o Samuel) do clássico "Teardrop"
dos Massive Attack
(se fosse há um ano atrás, o Samuel teria sido embalado ainda melhor ao
som deste tema -favor (re)ver o vídeo-). E no que concerne a versões,
José González é daqueles artistas que tem o condão de as transformar em
temas como se se tratassem da sua autoria, o que, só por si, já revela o
enorme talento de um dos melhores cantautores mais recentes. Mesmo
antes do "encore", obrigatório, a já referida "Heartbeats" é o exemplo
perfeito de como a voz e a guitarra (em modo minimalista) "desarmam" por
completo o original (que é apenas e só um dos melhores temas de sempre
da electrónica mais melódica). Directamente para a galeria de concertos
notáveis do Primavera Sound luso!
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário